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Obstipação

O que é a obstipação?

A obstipação é uma patologia que se manifesta pela diminuição da frequência da defecação caracterizada pela passagem de fezes secas e duras.

Com base na duração da sintomatologia, a obstipação classifica-se como crónica (quando o ritmo evacuatório se mantém constante há pelo menos 2 anos) ou aguda (quando ocorre pontualmente).

O padrão do trânsito gastrointestinal é variável. Não são usuais menos de 2 dejecções por semana ou mais de 3 por dia.

Sintomas associados à obstipação

  • Enjoo e náuseas
  • Desconforto e distensão abdominal
  • Eventual aparecimento de sangue não misturado com as fezes
  • A obstipação é, frequentemente, consequência do USO CRÓNICO DE LAXANTES.

Principais causas da obstipação

  • Alterações da motilidade:
    • Maus hábitos alimentares (ingestão reduzida de legumes, frutas, fluidos e fibras e/ou ingestão excessiva de alimentos que endurecem as fezes como o queijo e o chocolate, por exemplo).
    • Inactividade física
    • Abuso de laxantes
    • Mudança de ambiente, viagens, etc.
    • Gravidez
    • Administração prolongada de medicamentos obstipantes: analgésicos opiáceos (dol–u–ron®, migraleve® e dolviran®, metadona); antitússicos (codipront® e ipesandrine®); antiácidos com alumínio ou cálcio; antihipertensores (isoptin®, adalat®, diltiem®, herbesser®), entre muitos outros.
  • Obstrução mecânica:
    • Tumor, hemorróidas, diverticulos
  • Disfunção neurológica e/ou psiquiátrica:
    • Lesões medulares, esclerose múltipla
  • Perturbações psicossociais:
    • depressão, ansiedade e stress

Situações em que deve consultar o médico:

  • Obstipação causada por medicamentos
  • Quando a obstipação não cede com o uso de laxantes
  • Quando há presença de hemorragias, cólicas abdominais e vómitos
  • Quando há presença de sangue misturado nas fezes
  • Quando a obstipação permanece por mais de 2 semanas

Tratamento da obstipação

O tratamento deve iniciar-se com medidas não farmacológicas, como por exemplo, aumentar a ingestão de fibras (farelo, frutas, vegetais verdes, cereais, etc) e de líquidos; praticar exercício físico. Um das medidas mais importantes a adoptar é a criação de um hábito de defecação, ou seja, adoptar horários diários para a evacuação, preferencialmente após uma refeição.

Se estas medidas não forem suficientes deverá recorrer-se à terapêutica com laxantes.

Terapêutica farmacológica

A terapêutica com laxantes deve ser sempre uma medida temporária (duração inferior a 2 semanas), só devendo ser opção nos casos em que se verifica falência das medidas não farmacológicas.

Actualmente existem várias opções terapêuticas:

1.Laxantes expansores de volume

São fármacos que reproduzem um mecanismo semelhante ao fisiológico devendo ser os laxantes de primeira escolha.

Exemplos:

  • Normacol plus® (1 saqueta duas vezes por dia após as refeições principais)
  • Agiolax® (1 a 2 colheres de chá sem mastigar com um grande copo de água)
  • Agiocur® (uma colher de chá)

A forma de tomar deve ser ajustada a cada doente.

2.Laxantes osmóticos ou salinos

Têm efeito osmótico, actuam por retenção de água.

Exemplos:

  • Leite de magnésio Philips®
  • Duphalac®
  • Laevolac®

3.Laxantes de contacto

Actuam por irritação da mucosa que promove o peristaltismo (movimentos do intestino que promovem a passagem das fezes).

De um modo geral causam cólicas abdominais e perda de fluidos, não sendo uma boa opção quando há dor abdominal, náuseas e vómitos.

A sua utilização diária não é recomendada.

4.Laxantes emolientes ou lubrificantes

Devem ser usados por períodos curtos (inferior a uma semana), estando indicados em doentes que não devam fazer esforço para defecar (hipertensos, com doenças cardiovasculares, recentemente operados, etc).

Conselhos

  • Pratique exercício físico com regularidade
  • Opte por introduzir na sua dieta diária, alimentos ricos em fibras vegetais (feijão verde, nabiças, couves, favas, leguminosas secas). As frutas devem ser ingeridas cruas e com casca especialmente maçãs, peras, uvas e ameixas. Já existem no mercado preparados de fibras (ex: benefibra).
  • Beba líquidos em grandes quantidades (no mínimo 1,5 litros de água por dia)
  • Tente ter um horário habitual para defecar, preferencialmente depois do pequeno-almoço.
  • Evite automedicar-se com laxantes pois criam habituação e podem piorar a obstipação
  • Nas situações em que é necessário recorrer ao laxantes, deve toma-lo à noite se pretende ter resultados matinais e sempre acompanhado por um grande copo de água.
  • Quando administrados oralmente e em jejum, os resultados são mais rápidos.
  • Nos doentes com obstipação crónica a função normal dos intestinos pode levar alguns dias (ou semanas) a instalar-se. É importante não desanimar e continuar com o programa terapêutico.

O problema do abuso de laxantes

A obstipação é uma queixa comum, principalmente nos idosos, ocorrendo com maior incidência no sexo feminino. Grande parte dos casos devem-se ao uso abusivo de laxantes.

O uso abusivo ou inadequado de laxantes induz a obstipação por tornar o intestino “preguiçoso”, ou seja, fica dependente da presença de laxantes para funcionar. Esta situação torna-se num ciclo vicioso.

Responsabilidade científica: Cláudia Gomes (Farmacêutica)

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